domingo, 26 de julho de 2009

Em 'Água na Boca', processo inverso no sotaque...

Em 'Água na Boca', processo inverso Na novela da Band, atores nordestinos foram orientados a resgatar seus sotaques originais
O núcleo nordestino da novela Água na Boca, da Band, nada contra a maré. Obrigou uma família, melhor dizendo, seus intérpretes, a resgatar o sotaque. O ator cearense Cláudio Jaborandy, que faz o patriarca Severino, a atriz Ana Cecília, a matriarca Miquelina, e os pernambucanos Rayana Carvalho, a filha Marinalva, e Renato Góes, o filho Raimundo, são fiéis ao acento e às expressões típicos do Nordeste.
Os artistas atenderam a um pedido do diretor Del Rangel, que quis representar com ‘sinceridade’ (expressão que virou moda entre os profissionais de teledramaturgia) a saga de migrantes na Capital. “Sinto falta disso, dessa verdade, quando vejo um ator que não é nordestino fazendo um nordestino na televisão. O que se vê é uma caricatura”, diz Ana Cecília.
A baiana fez aulas de fono para perder o sotaque 16 anos atrás, quando trocou Salvador pelo Rio de Janeiro. “O ator não tem que ter sotaque, ele fala para o País. Ele deveria ser neutro, mas acabou ficando carioca porque a maior emissora do Brasil (a Globo) fica no Rio.”
Já Rayana, que é Miss Pernambuco 2006, abandonou a aula que ensina a falar a língua do vídeo. “Posso ser autêntica, é uma grande chance. Mas tenho a total noção de que o sotaque atrapalha”, diz. Fincar os pés na raízes ainda resulta em curiosidades nos bastidores. “Outro dia disse ‘gréia’, que é balada, bagunça, e ninguém da produção entendeu. Foi muito engraçado.”
Andrezza Capanema

Nenhum comentário:

Postar um comentário